segunda-feira, 20 de abril de 2009

Trem de Minas





Movimento no mundo sedimentada com a força com a qual fui gerada.
Acho belo o palhaço engolindo fogo, a alma do trem de ferro, a ciência operar pessoa sem dores.
O guisado de quiabo com maxixe que somente comadre Helena sabe fazer.
Fizinho querendo ser eterno igual a figueira,
nem percebe, se eternizará em seus descendentes.
Jenuário impaciente quebrando cabeça, montando a máquina de tirar retratos.
Quando acabada, será maior que ele. Vai carregá-lo para boca do mundo.
A boca do mundo começa aqui neste pedacim de mundo, embora inexistente no mapa,
guarda cópias de variados tipos de pessoas existentes na terra.
Tem um tiquim de invejosos que dedicam um tempo em destruir o sucesso daqueles
que de fato possuem substância.
Mas para contrapô-los, existem os bons de coração, sensíveis,
sabem a importância da luz criativa, torcem pela luminosidade permanente do criador.
Mas como diz dona Banta da Cruz, não matemos os invejosos
eles também contribuem com o propagar de nossa fama.
Movimento no mundo sedimentada com a força com a qual fui gerada.
Gosto de homem gentil, que exagera em parábolas, quando decide não dormir.
Caduco é o corpo resistir ao aprendizado, refinar expressões.
Compreender novas formas de acionar prazer em diferentes ciclo da vida.


Ana Cruz

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